Carneyra Qhytä /

CYBERPÄLCO

Imaginação, realidade, memória e tecnologia frente a coloniedade, o modernismo, a contemporaneidade e o futuro;

Projeto gráfico 2021; Tipografia. Experimentações com luz visível.

 

A construção do futuro no coração do continente renasce com urgências. A construção, a re-construção, a apresentação e a restituição de linhas espirituais e ancestrais e suas formas de organização exigem acesso, poder, tecnologia, cidade e liberdade do passado.  Exigem a construção de novas ficções e o fortalecimento  de suas raízes rumo à um outro futuro em meio ao novo, fora dos espaços hegemônicos e engendrados da arte, política e arquitetura. 

 

Reflexões desenvolvidas no projeto; 

Qual a relação entre as linhas ancestrais e a cyber conectividade?

Qual a relação do corpo com as novas construções do ser?

Quais relações cybernéticas e tecnológicas são construídas além das eurocentradas e coloniais?

Quais novas ficções e visões do futuro estão sendo acessadas e realmente concretizadas fora do ego artístico?

Como realmente desenvolver políticas artísticas anti-espetacularização?

Quais outras linhas ancestrais globais são aliadas?

Como elucidar as diversas narrativas já existentes e contemporâneas e englobá-las.

Qual cidades continentais estão longe da coloniedade?

 

Afinal, estamos lidando com um continente por direito indígena, que com o passar dos anos foi concebido, através de diversas narrativas, por diversos povos e culturas. São diversas linhas ancestrais buscando acesso e novas formas de conceber o mundo e a materialidade na qual existimos, aonde estamos buscando pontos em comum em meio aos resquícios coloniais ainda presentes na arquitetura, no espaço, nas memórias e no corpo.

Coexistente, ainda presenciamos uma cultura sistemática e cyberbenética cada vez mais complexa, engendrada e espetacularizadora da existência nas cidades, vazia de reais significados e necessidades geopolíticas e sociais ao despertar de condutas coletivas mais dignas, espiritualizadas, etnográficas e edificadoras de narrativas existentes e que ainda estão por vir;

 

Projeto gráfico, 2020. 

A ancestralidade dos objetos;

Aço e energia cybernética.

https://www.wendersoncarneira.com/cyber%C3%A4ncestral

 

“Se o crescimento das redes virtuais e da espetacularização do cotidiano nos leva a pensar sobre a possibilidade de um colapso da experiência física e coletiva na cidade, as residências em aldeias indígenas apresentaram um reordenamento deste paradigma a partir da própria tecnologia, reafirmando a articulação entre arte e vida.”

Alessandra Simões

 

Referências;

http://abca.art.br/httpdocs/ancestralidade-hightech-dos-povos-originarios-alessandra-simoes/

 

Detalhes do passado;

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57877049?fbclid=IwAR0O_fK7xpAzcrxx89pQDH6SWRhAWBqp9QcM2HfJhqJyQOwIxlvlZUrEj2s