álbum de família: uma direção
passos práticos:
organizar o arquivo bruto // um computador eficiente para trabalhar as edições // imprimir o projeto e ter às mãos o álbum, o projeto, cadernos e processos // ler o livro álbum de família // criar hotglue com imagens da vida rotina diária // gravar áudios // anna karenina // mãe monstrinha hh // cartas para minha vó, djamila // ler o diário que escrevi pra filha no primeiro ano (que nunca mais abri)
denso & íntimo x leve & compartilhados/compartilháveis
começar um novo caderno como quem começa um novo dia
fazer uma mudança como quem muda uma planta de vaso
resolver questões como quem joga um dado
conhecer alguém como quem não busca nada
transitar
genealogia materna
gabriela – glória – solange – maria luiza – inaê
|—ligação metafísica—|
|–forte ligação física–|
((
14-07-21 aline motta
sonhos intranquilos – angústia – exercício de respiração
a respiração é a rainha do corpo
avó doralice: “a água é uma máquina do tempo”
[ela pede licença]
* síntese *
– provérbios –
avó – força de cura – conflito é fundamento. plurivozes ancestrais!
linhagem & linguagem
crianças avós sábias
ori ~ cabeça ~ umbigo
lêda m. martins e a espiral do tempo
14-07-21 dione carlos
o amanhã não é o futuro ~ é um lugar.
escrita – fruição do pensamento / contemplação
r i g o r
“é uma luta constante pra mulher cantar contar a sua própria história”
mãe de três ou 4 filhos.
ditadura e escravidão: escreve com raiva e alegria
d i r e i t o d e e x e r c e r n o s s o s d o n s
a voz pública da mulher é muito temida e o endeusamento da escritora suicida.
escrever = responsabilidade = pajelança // atores deuses incorporados
criar os nossos próprios MANIFESTOS
dizer não:dizer sim para mim
todos somos diaspóricos/todos viemos da áfrica/que ancestral quero ser?
criar fissuras no real.
lêda m. martins, ricardo aleixo, beatriz nascimento, a partilha do sensível ranciere.
14-07-21 gil amâncio
a voz das avós; as vozes que escutamos ou deixamos de escutar
som&movimento -> tocar pra dançar
mãe a mestra a que ensinou a dançar com uma pedagogia, a mãe tornou seu corpo leve antes mesmo de andar <3
a cultura da infância, lydia hortélio
a força da criança e a força da criação do novo mundo
não se separa das idades na capoeira e no congado
14-07-21 ricardo aleixo
lygia pape
canta que o mundo é teu canta que o mundo é teu canta que o mundo é teu canta que o mundo é teu canta que o mundo é teu
eu faço arte pq eu faço arte (gratuidade) eu não faço arte para pagar boletos
ancestral, quem vive no meio do tempo
– espiritual e política –
abrir futuro e a responsabilidade de ser ancestral
arte – ética e estética
respiro o comum do mundo
))
saudade ouvir um tambor.
__________
| segundo |
| encontro |
| do | ou terceiro
| LAB | se contar com a
__________ entrevista
falaram os 4 tutores
chorei me emocionei diversas vezes.
tem sido muito emocionante
a questão da ancestralidade, e afrodiáspora.
tenho aprendido!
honra e alegria em estar junte.
~a história de meus pais que contei a leopoldo
~entrevistá-los
~família/ rede de apoio/ segura as pontas/ pra rede balançar
~contei para inaê sobre os sonhos que se sonha dormindo ou acordada
~audiovisual a partir do álbum d’inaê
reunião n.4 com ricardo aleixo
o transe só pode acontecer pela repetição
na repetição instaura a novidade
-> manoel de barros
-> derrida
a escuta do outro
o monstro em kant. (chris tigra) / monstruosidade
o mais ameaçador é o monstro que não se revela?
os projetos são coletivos ou não serão.
1a pessoa do plural
múltiplas vivências// monstro é o que se mostra// se gre do// lugar de falha
pra aline, a arte é um caminho espiritual. estar vulnerável. se construir pra contar esse segredo. o que é viver? a primeira palavra é o choro.
não existe relação com o outro que não seja fatal
<3 onde não há pecado nem perdão : convite do ricardo para o lab <3
É UMA PESQUISA
EM
PERFORMANCE
é uma
performance
de
pesquisa
processos ^ diários
usei o instagram como caminho para alguns trabalhos
cadernos de percursos
álbum ———> audiovisual (ay carajo)
compartilhar o álbum manual e o stop motion
fase digital /
mudança e encontro com os restos, textos
-> focar no “projeto” que é essa transmidialização do álbum
making of do fazer/finalizar do álbum físico
um período na semana para me dedicar ao lab.
auto ficção . biografia ficcional . o que a família quer mostrar . memória e fabulação
23 – 08 encontro com aline
o corpo envergonhado não pode criar
um coração vivo. e. queremos mostrar
coragem : se centrar (a gente sabe o que quer)
a mente uma faca afiada que corta o ar.
dar forma ao ar :: palavra :: contrói e destrói :: materializar
joão nogueira, o poder da criação
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compartilhar o processo
a arte não se faz com referências/reverências verticais
sem pedestal
guerreiros fazer zigue zague
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o rio também
os gestos são linguagens
sacro-ofício, o sagrado nas atividades cotidianas
atividades tradicionais são iniciáticas: tear cozinhar maternar
o contato com o aprendiz obriga o mestre a viver a palavra
fotografar é escutar (a palavra)
nãos se pode pentear uma pessoa quando ela está ausente
edição de vídeo – corte – respiração
afiar
sintético síntese
coragem de adentrar o álbum
entrevistar as tias (desejo meu)
fotografar o tempo
firmar o tempo
firmar a ancestralidade
————- glória ————
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————- solange ———
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——— — maria ———-
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————— inaê ———–
processo criativo :: ou a vida em processo
avanço do projeto x vida pessoal
o cotidiano e as pessoas ao redor
(aleixo)
a poesia não é um luxo (audre lorde)
“suportar a intimidade da auto-investigação”
a vida é redicalmente experimental
criança brincando in can sá vel
eu sou aquela que pode decidir o que fazer/ o que sou. se deixar que o outro decida, não sou.
a arte que coloca mais questões do que respostas.
álbum de família
REVISITAS
cada vez sou outra a olhar o álbum. olhar o álbum com os olhos daquela que o fez, seria possíve? ideal romantico de família e maternidade.
conceito de família
de álbum
de representação
de memória
– artigo de bruna erber sobre fotos de ilana bar na revista zum
– álbum de família – a imagem de nós mesmos, livro de armando silva
– entrevista de castiel vitorino a rodrigo
abandono
mulheres que viveram o abandono.
a dor que causa o abandono.
sucumbir e desaparecer.
quando minha filha nasceu, como nunca, me senti tão abandonada.
eu fingia que não. não podia acreditar. comigo não. comigo também não.
abandono.
aconteceu comigo. aconteceu com minha mãe, aconteceu com a minha avó.
falar sobre o abandono e a solidão. da mãe. da mulher.
dias de abandono, elena ferrante
pequena coreografia do adeus, aline bei
copo vazio, natalia timerman
falar do álbum é falar de solidão
desamparo e
abandono.
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A B I S M O
custa entrar.
que mulheres possam escolher bem como terão seus filhos.
fazer tipo um fichamento, grifos, registros de cada livro lido durante/para a pesquisa.
bell hooks tudo sobre o amor
“inaê nasceu do nosso amor”
a maior frase do álbum, escrita de um lugar de falta. eu me forçava a acreditar que se eu me esforçasse mais um pouco para dar amor ele renasceria.
o álbum era um exercício (desesperado) de apesar de tudo encontrar o amor
“na foto [do álbum] mostra-se para depois ver, em uma espécie de diálogo adiado” armando silva.
dione.
quem é a sua mãe antes de ser a sua mãe?
quem sou eu antes de ser mãe?
ou me ater ao que ali está, existe e foi.
planta osibatá
letícia bassit ou eu também não gozei
janaina leite
filme elena
mamaesarada34
mamaesafada34
mãe também é gente.
as fotos do primeiro casamento de minha mãe são todas cortadas, rasgadas, o homem eliminado. queimado? histórias tristes de abandono e desamparo. hoje olho para o álbum e aquelas fotos do casamento > para quê servem? álbum como não faz sentido um álbum de uma família que nem existe.
ATAR
FOGO
NO
ÁLBUM
DE
FAMÍLIA
~notas do dia 11 de outubro~
o abandono. palavra que não fazia parte do meu vocabulário, não porque eu não conhecia o abandono, este na verdade uma sensação bem conhecida, mas por dificuldade de me reconhecer abandonada. percebi alguns icônicos abandonos em minha vida. (…) mas o abandono dentro da instituição família – aquele que não só me abandonou mas também a nossa filha. eu não tive culpa apesar de muitas vezes me culpar, de tanto me culparem. clássico. e isso continua a se perpetuar: laços fortes entre mães e filhas, e pais ausentes e para sempre infantis e incapazes.
por um tempo, enquanto dona de casa, esposa e nova mãe, esteve compromissada com o exercício de dar sentido àquela experiência que vivia. o álbum ajudou a isto. o álbum era o íntimo exercício de provar a ela mesma que existia e sobrevivia ali, sobretudo, uma mulher capaz de contar a sua própria história.
além de viver, tem sonhos.
22 de outubro
sinto-me atrasada com o meu projeto. como no parto? tp intenso e expulsivo confuso, não sei bem dizer quando foi que começou e minha filha nasceu cuspida. penso que eu poderia ter um expulsivo mais tranquilo (é possível controlar qqr coisa?). estou em trabalho de parto? gestação?
per curso