Yanä
A construção do futuro no coração do continente renasce com urgências. A construção, a re-construção, a apresentação e a restituição de linhas espirituais e ancestrais e suas formas de organização exigem acesso, poder, tecnologia, cidade e liberdade do passado. Exigem a construção de novas ficções e o fortalecimento de suas raízes rumo à um outro futuro em meio ao novo, fora dos espaços hegemônicos e engendrados da arte, política e arquitetura.
Reflexões desenvolvidas no projeto;
Qual a relação entre as linhas ancestrais e a cyber conectividade?
Qual a relação do corpo com as novas construções do ser?
Quais relações cybernéticas e tecnológicas são construídas além das eurocentradas e coloniais?
Quais novas ficções e visões do futuro estão sendo acessadas e realmente concretizadas fora do ego artístico?
Como realmente desenvolver políticas artísticas anti-espetacularização?
Quais outras linhas ancestrais globais são aliadas?
Como elucidar as diversas narrativas já existentes e contemporâneas e englobá-las.
Qual cidades continentais estão longe da coloniedade?
Afinal, estamos lidando com um continente por direito indígena, que com o passar dos anos foi concebido, através de diversas narrativas, por diversos povos e culturas. São diversas linhas ancestrais buscando acesso e novas formas de conceber o mundo e a materialidade na qual existimos, aonde estamos buscando pontos em comum em meio aos resquícios coloniais ainda presentes na arquitetura, no espaço, nas memórias e no corpo.
Coexistente, ainda presenciamos uma cultura sistemática e cyberbenética cada vez mais complexa, engendrada e espetacularizadora da existência nas cidades, vazia de reais significados e necessidades geopolíticas e sociais ao despertar de condutas coletivas mais dignas, espiritualizadas, etnográficas e edificadoras de narrativas existentes e que ainda estão por vir;
Projeto gráfico, 2020.
A ancestralidade dos objetos;
Aço e energia cybernética.
https://www.wendersoncarneira.com/cyber%C3%A4ncestral
“Se o crescimento das redes virtuais e da espetacularização do cotidiano nos leva a pensar sobre a possibilidade de um colapso da experiência física e coletiva na cidade, as residências em aldeias indígenas apresentaram um reordenamento deste paradigma a partir da própria tecnologia, reafirmando a articulação entre arte e vida.”
Alessandra Simões
Referências;
http://abca.art.br/httpdocs/ancestralidade-hightech-dos-povos-originarios-alessandra-simoes/
Detalhes do passado;