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O pulo do Gato – Máquina Poética

Desenvolvimento do software, para sistema mobile.
Foto do livro “Cent mille milliards de poémes” (Cem mil milhões de poemas), 1973. Raymond Queneau. Foto: Jean Paz

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 1961, o poeta Raymond Queneau (1903-1976), criador do movimento Oulipo, publica o livro Cem Trilhões de poemas, um livro infinito, uma “Máquina poética”. Essa foi uma publicação impressa em tiras, a partir da qual a leitura, pelo movimento das páginas, implica na criação de combinações de versos e sonetos de forma quase infinita.

Queneau propõe uma realização poética em uma mecânica seletiva, que filtra e escolhe combinações de fragmentos do texto. Dessa maneira, outras formas de leitura são desenvolvidas e entre as quais os versos da poesia poderão ser combinados e recombinados pelo(a) leitor(a) que escolherão ou não uma rota enquanto é construída a leitura do livro interminável.

Partindo do projeto de Queneau, “O pulo do Gato” busca criar um dispositivo poético relacional, um RAP (ritmo e poesia) com versos pré gravados, combinados e recombinados, a exemplo da poética desenvolvida por Queneau, mas agora via algoritmo que elabora uma música impossível de ser ouvida até o final. A proposta idealizada pelo artista multidisciplinar Froiid é parte da sua pesquisa que investiga as relações e interfaces entre jogo e arte.

“O pulo do gato” parte das gravações realizadas pelo rapper mineiro Matéria Prima e dos beats do beatmaker Barulhista que, juntos a esse algoritmo, desenvolvem uma construção sonora, um labirinto sonoro infindavél, sem entrada ou saída.