Pedro Erler /

Carinhosamente

No dia 30 de dezembro de 1999, acontecia um concurso nacional para se eleger a música mais representativa do séc XX. Além disso era a data prevista pro fim do mundo digital que se iniciava. Aliás, isso era dia 31, pro dia 30 sempre pesou o quase. Quase natal, quase ano novo, quase janeiro, quase ano novo, quase ultimo dia do ano, etc.

Dra Angela, obstetra aqui da cidade, além de excelente profissional é cantora, das boas. Ela tem, ou tinha, o costume que muitos e muitas de nós temos. Cantar, cantarolar, assoviar, batucar e utilizar as mais variadas maneiras de se tirar som das coisas, muitas vezes enquanto realiza outras tarefas.

Numa noite de quinta – que é quase sexta – dra Angêla foi trabalhar atenta ao concurso já mencionado. Enquanto trabalhava, cantava as músicas concorrentes. A música vencedora foi Aquarela do Brasil. A que foi quase campeã em 2º lugar foi Carinhoso de Pixinguinha, música essa que quase não foi publicada pelo maestro. Ela foi composta entre 1916 e 17.

Essa independente do quase prêmio, foi a música mais importante para Dra Angêla e para Elaine Aparecida dos Santos, minha mãe, que juntas botaram meu corpo no mundo enquanto essa obra prima tocava na rádio.

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Dessa maneira carinhosa eu cheguei. Filho de Elaine Aparecida dos Santos e Julio César Erler, irmão de Júlia dos Santos Erler, amigo de tantes outres, vizinho e parente, sigo vivo y forte.

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Oriki Completo: www.youtube.com/watch?v=l3A2dh2RHcw