Léo Santos /

Terra Cura

Rui Moreira iniciou um encontro lendo alguns itãs de Omulu e isso me levou a compartilhar este trabalho.

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Não poderia deixar passar o mês de agosto sem postar este trabalho.

Este vídeo de dança/performance foi pensado, repensado, ensaiado, escrito e talvez concluído durante alguns dias de pandemia em que passei com a mestra em artes visuais e performer Sol Kuaray.

Estávamos em um momento muito complicado em que perdíamos colegas, amigos e amigas, ídolos e ídolas levados e levadas pela covid-19 diariamente. Como não podíamos sair de casa, resolvemos fazer um laboratório na casa onde morava a Sol Kuaray e outra querida artista visual, grafiteira, poeta, cineasta, Zi  Reis.

 

Terra cura diz das nossas preces, dos nossos almejos, de nossos pedidos de força e saúde física e mental para nós e para os nossos em um momento sombrio e triste. Como ensinado pelos mais velhos e aprendido por nós, resolvemos dançar e produzir, transformar em arte o que doída e inquietava.

 

A dança/performance faz menção ao orixá Omulu que tem como essência e território de atuação o elemento terra  e  é visto com muito cuidado por nós candomblecistas por  dominar as áreas da doença e da cura. O chão é guardião de toda sabedoria ancestral, o chão são os ombros dos que vieram antes de nós. Com respeito e orientação apresentamos alguns elementos afro brasileiros que simbolizam a cura e as ancestralidades mais antigas da história que não se conta.

 

Concepção: A Sol Kuaray e Léo Santos.
Coreografia e Dança: Léo Santos
Edição: Zi Reis e A Sol Kuaray