Agroecologia em território ancestral

A partir de uma movimentação da Assessoria Comunitária de Santa  Tereza, organização que atua na mobilização, sensibilização e articulação entre diversos grupos sociais e culturais do Bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte e da ASF Brasil – Associação Arquitetas Sem Fronteiras, surge este projeto. A demanda dizia do estudo e elaboração de um dossiê para registro do Kilombo Família Souza enquanto um bem cultural e imaterial da capital mineira, coordenado pela Patrícia Aparecida de Brito, uma das integrantes do coletivo selecionado. Esse trabalho também estava sendo acompanhado por Daniel Henrique de Menezes Dias, arquiteto urbanista e membro da ASF, que soma ao grupo de trabalho no programa.

Dessa aproximação com o quilombo, surge a ideia de submeter uma proposta de agroecologia urbana no território ancestral. É aí que Gláucia Cristine Martins de Araujo Vieira, liderança quilombola responsável pela mobilização no Kilombo Família Souza, completa a composição do coletivo. A ideia, em resumo, é resgatar a prática do plantio, cuidado com a terra e gestão da água no quilombo, a partir do estabelecimento de uma Unidade Produtiva, em parceria, sobretudo, com o Centro de Referência em Segurança Alimentar – CRESAN-MPL. De acordo com Daniel, em contexto de desesperança, esse projeto pode servir como um dos instrumentos possíveis de manutenção da identidade quilombola. “Estamos com as melhores expectativas. Esperamos que essa proposta possa ser replicada também em outras comunidades”, comenta.

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