Interlocutores

Ailton Krenak

ambientalista, filósofo, escritor, curador e ativista do movimento em defesa dos direitos indígenas. Participou da Assembleia Nacional Constituinte (1987), organizou a Aliança dos Povos da Floresta e é um dos fundadores da União dos Povos Indígenas. É comendador da Ordem de Mérito Cultural da Presidência da República e doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG. Vencedor do Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano (2020), é autor de “Ideias para adiar o fim do mundo” (2019), “O amanhã não está à venda” (2020) “A vida não é útil” (2020) e “A vida é selvagem” (2021).

Alexandre Araújo

físico, ativista climático, ambientalista e professor Titular da Universidade Federal do Ceará. É doutor em Ciências Atmosféricas pela Universidade do Estado do Colorado e pós-doutor pela Universidade Yale. Suas pesquisas abordam: modelagem atmosférica, climatologia física, mudanças climáticas e meteorologia aplicada. Foi gerente do Departamento de Meteorologia e Oceanografia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (2005-8). É membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e um dos coordenadores do fórum de articulação Ceará no Clima. Edita “O que você faria se soubesse o que eu sei?” blog e canal no YouTube.

Alyne Costa

doutora em filosofia pela PUC-Rio, professora do quadro complementar do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e pós-doutoranda do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Sua pesquisa trata da importância de pensar o Antropoceno e o colapso ecológico, considerando também cosmovisões e modos de vida outros que ocidentais. Sua tese “Cosmopolíticas da Terra: modos de existência e resistência no Antropoceno” foi a vencedora do Prêmio Capes de Tese 2020 na área de filosofia. É autora de “Guerra e paz no Antropoceno: uma análise da crise ecológica segundo a obra de Bruno Latour” (2017).

Ana Luiza Nobre

arquiteta, historiadora e professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-graduação em Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde pesquisa atualmente as relações críticas entre a arquitetura e o chão como ser vivente, feito da contínua interação entre múltiplas espécies, tempos, organismos, agentes, forças geopolíticas e lógicas de territorialização. Foi curadora adjunta da X Bienal de Arquitetura de São Paulo.

Carolina Levis

doutora em Ecologia INPA/Brasil e em Ecologia da Produção e Conservação de Recursos na Wageningen University & Research (WUR/Holanda, 2018). Atualmente é pesquisadora de pós-doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisa as dimensões culturais das florestas tropicais e o seu reenquadramento no Antropoceno, articulando estratégias de uso, manejo e conservação da vegetação nativa com base em conhecimentos ecológicos ancestrais e científicos. Foi premiada com o Prêmio Jovem Cientista do CNPq (2018) e o Grande Prêmio CAPES de Tese (2019).

Denilson Baniwa

artista, curador, designer, ilustrador, comunicador e ativista dos direitos indígenas. Vencedor online do Prêmio Pipa de 2019 e um dos fundadores da Rádio Indígena Yandê. Participou das exposições “Dja Guata Porã: Rio de Janeiro indígena” (2017), “Vaivém” (2019) e da Bienal de Sydney (2020). Realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!” (2018) e foi co-curador de “Manjar, Re-Conhecimento” (2019). Participou do “Arctic Amazon Symposium” (2019), do workshop na Universidade de Princeton “Amazonian Poetics: The Poetics of a Amazonian World” e do “Climax Festival/Global Warning” em Bourdeaux.

Ester Carro

arquiteta, ativista urbana, professora e pesquisadora no Núcleo de Mulheres e Território do Laboratório de Cidades (Arq. Futuro e Insper) e fellowship na Avenues São Paulo. Desde 2017, é Presidente do Fazendinhando, movimento de transformação física, cultural e social que visa impactar territórios vulneráveis para conscientização da população frente aos efeitos das mudanças climáticas. Em 2019, foi uma das selecionadas para participar da XII Bienal Internacional de Arquitetura, com o projeto intitulado: “Contribuições para outra narrativa” exposto no Centro Cultural de São Paulo.

Frederico Duarte

crítico e curador, graduado em design de comunicação em Lisboa, com mestrado em crítica de design na School of Visual Arts em Nova Iorque. Atualmente desenvolve sua tese de doutorado sobre design brasileiro contemporâneo na Birkbeck College, University of London e no Victoria & Albert Museum intitulada “The contemporary challenge of curating Brazilian design” e é co-curador da candidatura de Alcobaça a cidade criativa da UNESCO pela gastronomia. Foi curador da exposição “Brasil hoje: como se pronuncia design em português” no MUDE em Lisboa em 2017.

Gabriela Gaia

Arquiteta, pesquisadora e professora da Faculdade de Arquitetura da UFBA. Desenvolve investigações sobre narrativas, histórias, memórias e epistemologias produzidas sobre a cidade, urbanismo, arquitetura e seus apagamentos, interseccionados pelo debate das racialidades e de gênero. É autora do livro “Corpo, discurso e território: Cidade em disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus” (2019) e foi curadora da Revista Arquitetas Negras, Vol 1 (2019). Compôs o júri do concurso de curadoria da 12ª Bienal de Arquitetura de São Paulo de 2019. É co-fundadora da Coletiva Terra Preta e Conselheira da Casa Sueli Carneiro.

Jerá Guarani

pedagoga pela Universidade de São Paulo (USP), foi professora e diretora da Escola Estadual Indígena Gwyra Pepó. É agricultora e liderança Guarani Mbya da Terra Indígena Tenondé Porã, no extremo sul de São Paulo, onde também realiza projetos culturais, documentários e luta pela aprovação do Projeto de Lei 181/2016 do Cinturão Verde Guarani, que visa reconhecer e apoiar o papel desempenhado pelas Terras Indígenas Guarani na proteção e recuperação do pouco que restou da Mata Atlântica na cidade de São Paulo.

Paulo Tavares

arquiteto, doutor pela Goldmisth – University of London, pesquisador e professor da UnB. Colaborador do Forensic Architecture e fundador da agência autonoma. Desenvolve pesquisas cartográficas e análises visuais forenses para subsidiar a reparação de danos materiais e morais sofridos pelos povos indígenas devido à remoção forçada de seus territórios e investiga as possibilidades da arquitetura como uma forma de advocacia e as relações do design com a crise climática. É autor dos livros “Forest Law” (2014), “Des-Habitat” (2019) e “Memória da Terra” (2020). Foi co-curador da Bienal de Arquitetura de Chicago 2019 e integra o Climate Collective 2021 do MAAT-Lisboa

Zoy Anastassakis

designer e antropóloga com mestrado e doutorado em Antropologia Social pelo PPGAS/Museu Nacional/UFRJ. Foi diretora e é professora adjunta da Escola Superior de Desenho Industrial/ESDI-UERJ, onde coordena o Laboratório de Design e Antropologia (LaDA). É autora de “Triunfos e Impasses: Lina Bo Bardi, Aloísio Magalhães e o design no Brasil” (2014), “Refazendo tudo: confabulações em meio aos cupins na universidade” (2020) e escreve atualmente, com Marcos Martins, para a coleção “Design in Dark Times/ Radical Thinkers in Design”, o livro “Under Attack! Design Lessons from the Global South”. Coordena o Programa de Estudos em Humusidades.

Roberto Andrés

tutor

Urbanista, professor da UFMG e doutorando na USP. Foi um dos fundadores da revista Piseagrama e é colaborador da revista Piauí. É membro do conselho da ong “Nossas” e foi um dos fundadores da iniciativa “Nossa América Verde”. Pesquisa e atua com as questões da vida urbana em intercessão com meio ambiente e política. É coautor do livro “A Natureza mora ao lado”, com Fernanda Regaldo, e co-organizador dos livros “Urbe Urge”, “Escavar o Futuro” e “Guia Morador”.

Wellington Cançado

tutor

Arquiteto e professor da Escola de Arquitetura e Design da UFMG, onde integra o grupo Cosmópolis (CNPq).  Coordena o programa “Urbe Urge: Respostas à Emergência Climática” e foi co-curador de “Seres-Rios: Festival Fluvial” (https://seresrios.org) e dos seminários “Os Fins do Mundo” no Festival PLANA em São Paulo (2017) e “Antropoceno” na 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (2019). Co-organizou, dentre outros, os livros “Escavar o Futuro” (2014) e “Urbe Urge” (2018). Pesquisa e escreve sobre as metamorfoses urbanas, os cinemas indígenas e as cosmopolíticas do Antropoceno. É editor da revista PISEAGRAMA (www.piseagrama.org).

Renata Marquez

tutora

Professora da Escola de Arquitetura e Design da UFMG e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Publicou, dentre outros, “Atlas Ambulante” (2011), “Escavar o Futuro” (2014), URBE URGE (2018), “Geografias Portáteis” (2019) e “Mundos Indígenas” (2020). Com doutorado em Geografia e pós-doutorado em Antropologia, pesquisa práticas curatoriais e políticas da arte em suas relações com arquitetura, geografia, antropologia e outras cosmologias. Editora da revista PISEAGRAMA e pesquisadora do grupo Cosmópolis (CNPQ).