Selo ‘Produto Agroecológico’

Olá a todas, todos, todes! Esperamos encontrá-los em paz! Nesta postagem vamos compartilhar com vocês o processo de criação do selo dos produtos agroecológicos do coletivo ROMZÃ. Bora saber mais? 

Identificação dos produtos agroecológicos

O mapeamento colaborativo das práticas do ROMZÃ se iniciou com diversas visitas em campo. Nos encontros que se deram ao longo deste processo, o tema da produção agroecológica foi uma das questões centrais que emergiu. Percebemos que diversas famílias praticam agroecologia, mas não costumam utilizar o termo. 

Com os avanços na busca pelo acesso e consolidação de novos canais de comercialização pelo coletivo ROMZÃ, a identificação dos produtos agroecológicos surgiu como algo importante. Tanto para permitir que os consumidores (entre eles as escolas indígenas) identifiquem os produtos que não utilizam veneno em sua produção, como para fortalecer este tipo de prática na terra indígena. Fazer circular o nome-conceito [agroecologia] possibilita ainda a inserção em redes de parceria para além do território.

Daí surge a ideia de criar um selo que pudesse identificar os produtos sem venenos, ou ‘as merendas que são comida de verdade’, como aponta Zeza.

Processo de criação do selo

Durante as reuniões do nosso coletivo, concluímos que o selo deveria conter:

• a nova logomarca do ROMZÃ, para reforçar a identidade do coletivo 
• o texto “produto agroecológico”, para reforçar a importância desta forma de cultivo, e
• o texto “agricultor familiar indígena Xakriabá”, buscando fortalecer a produção dos quintais produtivos familiares e a identidade indígena dos produtores. 

Após alguns testes chegamos ao desenho final para o selo.

Pensando na aplicação e na reprodutibilidade do selo, Zeza informou que eles já têm o costume de imprimir adesivos para outros fins, e por isso esta foi a primeira opção escolhida. Os adesivos com o selo serão impressos em uma gráfica dentro da TIX e colados diretamente nas embalagens e alimentos comercializados pelo coletivo ROMZÃ.

Além do adesivo, temos pensado na possibilidade de aplicação do selo em forma de carimbo, alternativa de baixo custo e fácil manuseio. Poderiam ser utilizadas tintas ecológicas, como o urucum e os toás (barros de cores variadas), pigmentos naturais bastante utilizados no cotidiano do povo Xakriabá.

Seguimos em fase de testes dos selos. Continuem nos acompanhando!