o que veio em 03.08.22
03.08.22. Rui canta e diz “Menino não”. A partir daí, é cada um por si, cada um por todos. Me veio isso:
Não tem nada confuso. Tá tudo claro, tá tudo escuro. Ela deu à luz, deram a luz a ela. Deram a luz a ela e ficou tudo claro, tudo escuro. Não tem confusão, não tem nada confuso. Aqui a história é outra: quando morre, morre. Acabou. Quem vai bancar matar? Porque quando morre, morre. Quando morre, renasce. Renasce, porque não há morte sem renascimento, quando morreu acabou. Quem vai bancar? Tá tudo claro, tá tudo escuro, não tem nada confuso. Isso é Machado, é Machado, é machado também, no minúsculo. De Xangô esse segundo, embora eu ache que o primeiro também poderia ter sido. Diria o primeiro: não há morte. O que diria o segundo? Assistir um chá das seis entre Xangô e Quincas Borba. Haja modernismo! Haja fluxo de consciência! Haja o que houver! Haja o que houver, “haremos”. Verbo bonito sendo desperdiçado sem significado… Pois que façamos algo dele, ora. “Haremos”, fica aí lançado o desafio. Tragam-me o significado de “haremos”, “harer”, eu haro, tu hares, ele hare. Bonito, percebe? E desperdiçado, como o são muitas coisas bonitas. Mas não é também o desperdício bonito? Às vezes sim, Bataille diz que sim. Mas tem horas que não, nem Bataille daria conta. A concretude da realidade né, menina? Às vezes, ela bate com mais força que o normal, nem Bataille daria conta. Não que ele dê conta de muito, acho às vezes que até eu dou mais conta. Sacrilégio! Pecado! Injúria! Calúnia! Crime contra a Lei maiúscula máscula muscular. Cuidado com a Lei muscular, um perigo para a estrutura óssea, especialmente em corpos mais mirrados como o meu. Melhor evitar.
Um post inútil (?) – interrogação facultativa.
Sigamos.