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URBE URGE

URBE URGE

PISEAGRAMA (Org.)
PISEAGRAMA
2018

A cidade não é apenas o lugar físico que ancora a vida das pessoas, suas construções reais e simbólicas, suas realizações. Mais importante das obras da civilização, a cidade é um território abrangente que é também sujeito, que produz, que em sua dinâmica constitui uma homologia com a existência humana. Nasce, cresce, se desenvolve, sonha e caminha, numa escala diferente de tempo, para seu ocaso, muitas vezes acelerado pela ação tóxica da ambição e da burrice humana.

Território de vida, a cidade é também campo da política, dos conflitos e da utopia. Num tempo em que a as demandas coletivas percebem a necessidade de se reinventar além das estratégias convencionais, é na cidade que as novas experiências explodem, numa pletora de indignação, capacidade de mobilização, inteligência crítica e criatividade. Política, ética e estética.

É nesse contexto que o encontro Urbe Urge, parceria do BDMG Cultural com a Piseagrama, se propõe a estabelecer mais um trajeto desimpedido de diálogo com a cidade e seus habitantes. Para superar as grandes vedações éticas que emanam da política conservadora, a ideia é criar um momento de informação e formação. Livre nas suas fontes e libertária em suas proposições.

Os encontros, que ocorreram entre os dias 17 de maio e 21 de junho de 2016, tiveram como ponto de partida o diálogo de experiências reais de cidadania feita à mão, com o os vários níveis de pensamento crítico em torno de temas como a ocupação urbana, os novos modos de transitar pelos espaços, a compreensão da capacidade de a metrópole adoecer e entristecer as pessoas, sobre a violência marcada pela discriminação, e acerca do planejamento que contemple as formas diretas de participação, fraturando o centralismo e a verticalização.

Um convite a habitar nossa urbe. Uma convocação a dialogar com a urgência.

João Paulo Cunha
Presidente do BDMG Cultural entre março de 2015 e junho de 2017

PISEAGRAMA (Org.)

É uma plataforma editorial dedicada aos espaços públicos – existentes, urgentes e imaginários –  e além da revista semestral e sem fins lucrativos, realiza ações em torno de questões de interesse público como debates, micro-experimentos urbanísticos, oficinas, campanhas e publicação de livros.