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Teimosia Vegetal, de Ambuá e Izabella Coelho

Prorrogada até 11 de agosto

Entre 13 de junho e 11 de agosto, o BDMG Cultural apresenta a exposição “Teimosia Vegetal”, uma série de 20 obras de Ambuá e Izabella Coelho, segunda ocupação artística do edital Ciclo de Mostras 2024. Formada por esculturas, instalações, objetos e plantas coletadas no bioma da capital mineira, a exposição é fruto de pesquisas atravessadas pela agroecologia realizadas pela dupla desde o final de 2022 e que deságuam nas obras expostas e na performance-instalação “Digestão”, a ser realizada na Galeria de Arte BDMG Cultural. 

A exposição apresenta um relicário de espécies alimentícias disponíveis no bioma urbano, como tamarindo, primavera, jatobá, jenipapo, pau doce, lavanda de caboclo, pimenta rosa, monguba, entre outras. Além disso, o trabalho é formado por diversos objetos que igualmente compõem e narram a cidade: tijolos de demolição, cacos de azulejo, tecidos garimpados – tingidos com vegetais coletados -, sacos de feira, entre outros.

Teimosia Vegetal é produzida com matérias vivas e cíclicas, associadas às estações do ano, apresentando um conjunto de instalações, em um ambiente imersivo, para ser experimentado pelo paladar, olfato, visão, tato e audição

Sobre a dupla de artistas

Ambuá é artista não binárie e coletor caminhante atento pelas ruas e matas, de onde há 8 anos extrai de maneira respeitosa cascas, sementes, espinhos, frutos, galhos, fibras e outras materialidades compositivas de experiências. Seu percurso atravessa a agroecologia urbana, a intervenção performática, a instalação artística, a escultura e a poesia. A força de sua investigação consiste no tensionamento e recriação da percepção de seres não humanos em articulação com os diversos contextos (sociais, políticos, culturais) com os quais ele dialoga, sempre em busca de reivindicar afetações que transponham a distância a que foi relegada a natureza na história pós-colonial, bem como repensar as relações humanas marcadas por essa organização social. O alimento e o comer, como gesto integrador e exercício de convivência, foram seu ponto de partida como artista cozinheire, marcando sem retorno seu desejo de convidar em seus trabalhos sensorialidades diversas, para além da visão. 

Izabella Coelho nasceu e vive em Belo Horizonte. É artista, pesquisadora, educadora, tingideira e ativista ambiental e alimentar. Pesquisa e cria no entrelaço da arte e da ecologia, por meio de investigações no âmbito da agroecologia, das tecnologias ancestrais e dos biomateriais. Sua prática se inicia na experimentação de ciclos integrais – plantar, colher, cozinhar, tingir e curar  – na busca por outros modos de existência. Reivindica a concepção de pertencimento dos seres humanos à natureza e a experimentação da vida de maneira ritualizada. Cria objetos, vestíveis, esculturas e instalações interativas, que têm em sua composição tecidos tingidos com plantas, fibras naturais, ervas, sementes, pedras, madeiras, terra, entre outros materiais reutilizados, coletados e/ou garimpados. Convoca os corpos a estarem presentes, sensíveis e atentos, por meio de experiências multissensoriais. 

Funcionamento da Galeria de Arte

A Galeria de Arte BDMG Cultural funciona diariamente, das 10h às 18h. Às quintas-feiras, exclusivamente, o espaço fica aberto das 10h às 21h. Entrada gratuita.