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Ciclo de Mostras 2021 – Catálogos

Clarice G Lacerda, Lucimélia Romão, Jessica Lemos, Marc Davi, Affonso Uchôa, Desali
BDMG Cultural
2021

Catálogos das exposições que ocorreram na Galeria de Arte e na plataforma mostrasbdmgcultural.org, com obras de artistas selecionadas e selecionados para o Ciclo de Mostras BDMG Cultural 2021.

Clarice G Lacerda

Iniciou os estudos em Artes Visuais em 1999, quando frequentou o ateliê de Mônica Sartori. Concluiu o bacharelado em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG em 2012, onde atuou como professora substituta na habilitação em Artes Gráficas em 2019. É artista pesquisadora do escotoma – grupo de estudos das imagens-passagens (EBA/UFMG), que fundou e coordena em parceria com o Prof. Rodrigo Borges desde 2018. Participou de propostas artísticas diversas como o perfura – ateliê de performance (Galeria GTO do Sesc Palladium, 2107), LAPI – Laboratório Aberto em Palavra e Imagem (Galeria do BDMG Cultural, 2017) e Ateliê Midiológico (Teatro Espanca!, 2015); além de mostras e exposições coletivas como a Mostra Residências Artísticas – Atelier Aberto (Centro Cultural UFMG, 2019), SUSPENSA/SUSPENSOS (Galeria da COPASA, 2009) e MIP2 – Segunda Manifestação Internacional de Performance (Espaço 104, 2009). Sua trajetória contempla ainda diversos projetos em artes gráficas e editoriais desenvolvidos em parcerias com artistas como Cinthia Marcelle, Mabe Bethônico, Marcelino Peixoto e Luis Arnaldo, Pablo Lobato, Paula Huven, Camila Otto e André Hauck, Janaina Rodrigues e Hortência Abreu.

Lucimélia Romão


É artista visual e performer. Natural de Jacareí, interior de São Paulo. Graduada em Teatro pela Universidade Federal de São João Del Rei-MG e atriz formada pelo Curso Técnico em Artes Dramáticas da Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo, Camargo-SP. Atualmente, pesquisa artes e performances negras. É cofundadora da Cia Mineira de Teatro, onde trabalha como atriz e dramaturga. Criadora da performance MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA, que fez parte da 9ª Edição da Mostra 3M DE ARTE, em São Paulo. Foi artista premiada no FESTU-Festival de Teatro Universitário do Rio de Janeiro, em 2018, e no 3ª Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras de Belo Horizonte-MG, em 2019. Ao longo de sua trajetória artística, desenvolve trabalhos que repensam o lugar do negro na sociedade, pontuando as diversas formas de extermínio que o Estado Brasileiro vem direcionado a população afrodiaspórica.

Jessica Lemos

É fotógrafa, performer e artista visual. Natural de Cândido Sales, sertão da Bahia. Mestre em Artes pela Universidade Federal de São João Del Rei e graduada em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente, desenvolve pesquisas e trabalhos autorais a partir das relações entre performance e fotografia. Em 2019, realizou a exposição individual Olhares da Diáspora – Uma Ocupação Fotográfica, utilizando a técnica de lambe-lambe em grande formato para intervenção urbana com suas fotografias, na cidade de São João del Rei-MG. No mesmo ano foi selecionada para a Residência Artística do Fórum de Fotoperformance, em Belo Horizonte-MG. Foi artista premiada no X Salão de Fotografias do Mar (2016), em Salvador-BA. Em 2016, produziu e lançou seu livro de artista Mocamba, uma narrativa sobre a potência do feminino em quilombos da Bahia. Seu trabalho fala principalmente sobre as relações políticas e sociais na vida de mulheres negras a partir da afrodiáspora.

Marc Davi

É formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG) e Medicina pela Faculdade de Medicina da UFMG. Pós graduado em Artes plásticas e contemporaneidade pela UEMG. Estudou canto lírico com Marilene Gangana, Neyde Ziviane, Sérgio Anders e canto popular na Babaya Casa de Canto. Atualmente, desenvolve sua pesquisa no Estúdio Minotauro e em seu ateliê. Seus trabalhos propõem a in(corpo)ração dos discursos como estratégia de atravessamento diante da falência das linguagens e da ameaça de aniquilamento das subjetividades. Suas performances partem do engajamento corporal como possibilidade última de reinvenção dos sistemas de domínio. Suas esculturas e instalações apontam para o esvaziamento do sistema da Arte e para a proliferação de novas mídias. Idealizador e diretor da plataforma Glory Hole. Artista indicado ao prêmio PIPA de Arte Contemporânea 2020. Vive e trabalha em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Affonso Uchôa

é cineasta e fotógrafo. É diretor dos filmes MULHER À TARDE (2010), A VIZINHANÇA DO TIGRE (2014) e SETE ANOS EM MAIO (2019), e também codiretor do filme ARÁBIA (2017). Seus filmes foram exibidos em diversos festivais ao redor do mundo, como os Festivais de Roterdã (Holanda), Viennale (Áustria), Festival de Toronto (Canadá), Festival de Brasília (Brasil), Mostra de Tiradentes (Brasil) e Festival de Mar del Plata (Argentina), além de importantes instituições como a Cinemateca Francesa (França), Arsenal (Alemanha) e o Anthology Film Archive (EUA). Em fotografia desenvolveu, junto ao artista visual Desali, os trabalhos IZIDORA, PRESENTE (Exposto na galeria Mari’Stella Tristão – Palácio das Artes, Belo Horizonte, 2016) e SANGUE DE BAIRRO (Exposto na galeria do BDMG Cultural, Belo Horizonte, 2021).

Desali

é formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG), Participou das exposições: “Enciclopédia Negra” na  Pinacoteca de São Paulo; exposição “Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros”, no Instituto Moreira Salles;  “Sertão”, Panorama 36 no MAM, Bolsa Pampulha no MAP e 32 edição do Salão Arte Pará, já fez parte de residências, exposições, coletivos e particulares no Brasil e no exterior, possui obras adquiridas pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP), no acervo “Arte da Cidade”, no acervo da Museu de Arte da Pampulha (MAP) e no acervo da Pinacoteca de São Paulo. Criador do Coletivo Piolho Nababo, há dez anos em Belo Horizonte, viaja por múltiplas linguagens, incluindo grafite, fotografia, vídeo e intervenção urbana, promovendo o contato entre a margem e o centro, questionando as instituições artísticas tradicionais e seu colonialismo, contaminando esses espaços com as ruas.