LAB Cultural: conheça mais sobre os e as artistas selecionades para o programa
Aproximação, diálogo, potências e troca se materializam em sua segunda edição
Idealizado pelo BDMG Cultural desde 2020, o LAB Cultural é o programa de valorização e incentivo à pesquisa de processos artísticos e culturais em Minas Gerais. Para a sua segunda edição, em 2021, a construção coletiva de conhecimento e as trocas entre artistas e profissionais foram o grande foco.
Foram escolhidos 20 projetos nas mais diversas áreas, a serem desenvolvidos em cinco meses, com o apoio e a tutela da artista visual e pesquisadora Aline Motta; da dramaturga, roteirista e atriz Dione Carlos; do artista multimídia Gil Amâncio; e do artista-pesquisador intermídia, ensaísta e editor Ricardo Aleixo. Por meio das artes visuais, da escrita, artes cênicas, da dança, expressões corporais e mais, os projetos já estão em processo de desenvolvimento.
O programa reconhece, ainda, a potência das novas formas de comunicação, que tiveram sua utilização ampliada em virtude da pandemia da covid-19, mas que efetivamente nos possibilitam interações e entrecruzamentos com conhecimentos mais plurais, criando pontes e estreitamento de laços. Na mesma linha, todas as ações estão acontecendo respeitando as medidas de segurança necessárias para a pandemia.
Aproximação, diálogo e troca se materializam no programa e nos nossos objetivos enquanto Instituto. Nesse caminho, em breve, lançaremos a plataforma para acompanhar de perto os processos que estão sendo desenvolvidos. Enquanto isso, apresentamos mais informações sobres as e os artistas selecionades para essa edição:
Adriano Maximiano
Nascido em uma favela de São Paulo fez o caminho regresso de seus pais, vindo para Minas Gerais. Recebeu de seu avô a herança de Chefe de Congada da cidade de Ilicínea, segue na resistência em todo o estado de MG.
Augusto Henrique
Com formação em artes, sua produção resiste entre-inter linguagens das artes visuais, artes cênicas e audiovisual por meio da performance. Seu repertório gestual e vocal aspira no devaneio corpo e espaço, a composição de sonoridades e visualidades dissidentes nas artes.
Camilo Gan
Cantor, compositor, arranjador, onilú, multi-instrumentista, dançarino, construtor de
instrumentos musicais, educador, licenciado em música e ritual designer. Idealizador do Samba de Terreiro, Bloco Afro Magia Negra, Corpo Oralidade, Babadan Banda de Rua, Per-Concertos, e do Instituto Afrormigueiro.
Carneyra Qhitä
Artista visual, designer, produtora cultural, futurista e estudante de Design, usa da modelagem 3D, eletrônica, instalação, mídias diversas e cyberprocessos tecnológicos como formas de organização, cura e desenvolvimento de estéticas e vivências anti-coloniais em Abya Yala.
Chris Tigra
Trabalha com linguagens híbridas investigando as urgências humanas, a arte como parte de uma cultura de ativismo em busca de transformação social, a provocação de ressignificações acerca de situações e universos marginalizados.
Clara López Iglesias
Palhaça, atriz, dramaturga, diretora-cocriadora de espetáculos, produtora independente e oficineira de artes cênicas. Equatoriana, natural de Guayaquil, mora em BH desde 2018. Desenvolve uma dramaturgia própria baseada na palhaçaria, no teatro físico e inclue habilidades circenses.
Emiadê
Multiartista, preto, periférico e LGBTQIAP+, atua na área do teatro contemporâneo, performance, música, desenho, poesia e produção cultural. Já produziu diversas obras que dialogam com a pauta racial, educacional e de gênero.
Froiid
Artista Plástico, desenvolve seu trabalho em diversas linguagens artísticas de modo híbrido relacionando arte e cidade, trançando temas como pirataria, território, cidade/urbano e poéticas do jogo. Atua também em grupos de pesquisa de desenvolvimento e inovação que se propõem a problematizar as/nas fronteiras.
Jeiza da Pele Preta
A artista sempre tenta promover em suas performances/trabalhos, um circo mais brasileiro, usando seu corpo preto de mulher e suas vivencias em dança, enaltecendo nossa cultura brasileira e afro-brasileira.
Joyce Athiê
Atriz, jornalista e mestre em Comunicação Social, desenvolveu estudo sobre o ato de biografar e suas implicações éticas. É especialista em gestão cultural e realiza trabalhos em comunicação para projetos culturais.
Juliana de Oliveira
Estudante de Artes Visuais, a artista dedica a sua produção de pintura no descobrimento das nuances do corpo, trazendo uma característica expressiva e singular da pessoa retratada.
Malu Teodoro
Mãe, artista multimeios e dedica-se principalmente ao vídeo e à fotografia. Desde 2018, ano de nascimento de sua filha, seu trabalho tem sido atravessado por questões sobre a maternidade e os feminismos.
Manuella Balbino
Estudante de design e ilustradora, realiza pesquisas sobre artistas afro-brasileiros e se interessa por causas identitárias no cenário artístico.
Massuelen Cristina
Artista visual, seu trabalho perpassa por várias linguagens onde busca explorar as diferentes formas de ver, ser e estar no mundo ocupando e criando espaços de diálogo sobre o lugar do sujeito e o tempo que configura a memória e o afeto
Mayara Bouquard
Produtora cultural atuando também na área audiovisual, busca contribuir para o fortalecimento da autoestima da mulher negra de Além Paraíba/MG, contribuindo para uma reflexão crítica sobre mudanças sociais, e valorizar a produção feminina no audiovisual local,
Negah Thé
Militante da Cultura Hip Hop, graduanda em pedagogia, produtora cultural e mãe de Hannah. Idealizadora e gestora da Preta Produtora, atua na perspectiva de potencializar o trabalho das juventudes Preta e Periférica, em especial mães, mulheres negras e comunidade LGBTQIAP+.
Pedro Neves
Estudante de patrimônio cultural e busca representar o cotidiano e os signos que traduzem o povo brasileiro e seu complexo cultural. Sua obra vem se construindo através da pintura, fotografias analógicas e esculturas em cerâmica.
Wallison Culu
É morador do Aglomerado da Serra/BH, onde iniciou seus estudos nas danças urbanas. Atua como diretor, coreógrafo e dançarino. Ministra cursos e workshops e produz eventos culturais, com destaque para o Festival A Quebrada.
Washington da Selva
Artista e pesquisador. Tem experimentado a construção de uma poética auto-etnográfica, onde utiliza de narrativas de experiências familiares de trabalho na zona rural do Cerrado de Minas Gerais
Yanaki Herrera
Artista Plástica, nascida em Cusco e residente em BH, vivencia a experiência de mulher imigrante desde os 15 anos. Sua pesquisa artística transita entre migração, folclore, maternidade, por meio da linguagem pictórica, instalação e performance, envolvendo a memória e a crítica decolonial.
As apresentações foram preparadas pelas artistas.