13 Abr 2022 |

Jamba Trio é o vencedor do Prêmio Marco Antônio Araújo

Com álbum homônimo, o grupo mineiro homenageia o baterista Esdra “Neném” Ferreira

Antônio Paiva
13 Abr 2022 3 Min

No dia 11 de abril foi anunciado o vencedor do Prêmio Marco Antônio Araújo de 2022, agraciando o Jamba Trio com a premiação. Em março de 2021, o grupo lançou o álbum homônimo, que contém composições que misturam a música instrumental mineira, o jazz e a música erudita. 

Com a vitória, o Jamba Trio receberá a premiação no valor R$10 mil e se apresentará na final do 21º Prêmio BDMG Instrumental, em um pocket show com o repertório do trabalho consagrado. A finalíssima será no dia 29 de maio no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte.

Formado em 1995, o trio é originalmente composto pelo pianista Írio Junior; o baixista Enéias Xavier e o baterista Esdra “Neném” Ferreira. Atualmente, o grupo conta com Lincoln Cheib na bateria. Pelas sete faixas que compõem o disco, é possível atravessar pelos 22 anos de história do grupo que, depois de tanto tempo de estrada, pode registrar sua música.

JAMBA TRIO: ENÉIAS XAVIER, ESDRA “NENÉM” FERREIRA E ÍRIO JUNIOR. FOTO: DIVULGAÇÃO

No auge da pandemia do coronavírus em 2020, recebemos o convite do Bruno Golgher, produtor e diretor do Savassi Festival Records, para fazer o disco e entrar pro selo”, conta Eneias Xavier. Após o convite, ele e Irio Junior começaram a pensar na formatação do produto e nas composições que iriam nele. 

Nesse momento de início dos preparativos para o álbum, Esdra Ferreira, mais conhecido como Neném, estava com a saúde debilitada. A saída foi convidar o discípulo número um do baterista, Lincoln Cheib, para participar. “O disco então tem a participação de dois bateristas”, explica o pianista. Neném participa das faixas 1, 2, 4 e 6, enquanto Lincoln toca nas faixas 3, 5 e 7.

Por isso, o álbum também é uma homenagem ao baterista e amigo de longa data de todos do grupo.

“A homenagem ao Neném em primeiríssimo lugar, é colocá-lo na posição que ele mais gosta de tocar, livre, solista, não coadjuvante, enfim, integrante número 1 do Trio”, completa Enéias.

Em 2003, Enéias foi um dos vencedores do 3º Prêmio BDMG Instrumental. Agora, quase 20 anos depois, receber outra premiação do BDMG Cultural continua sendo algo de grande felicidade para ele:

“Sei da alavancada que o prêmio proporcionou na minha carreira quando ganhei há 20 anos atrás. Vida longa ao prêmio!”, comemora

Sobre o Prêmio

Em 2022, foram submetidos 17 discos para o programa. A comissão formada pela violonista Cláudia Garcia, pelo artista sonoro Marco Scarassatti e pelo músico Thiago Delegado destacaram, além da qualidade dos trabalhos, a variedade de linguagens e formações e o empenho envolvido nas produções. “No espaço múltiplo de escuta, a consistência dos trabalhos tornou ainda mais desafiadora a tarefa da Comissão Julgadora em eleger apenas um álbum dentre estas produções finalizadas e lançadas em 2021”, ressalta a comissão de seleção na carta com as impressões da edição do Prêmio Marco Antônio Araújo. 

O resultado desse processo de seleção foi uma imersão na pluralidade musical existente em Minas Gerais. “ Isso tudo em soma com o frescor da juventude criativa, a harmonia profunda dos duos, a experiência dos “coroas”, o virtuosismo  em encontro ao bom gosto”, completa a comissão.

A carta completa, produzida pela comissão, pode ser acessada por aqui.

Ouça o álbum