Finalistas do 22º Prêmio BDMG Instrumental
Conheça os instrumentistas que participarão da etapa final desta edição
Nesta quarta-feira, 02 de maio, o BDMG Cultural divulgou o resultado dos instrumentistas classificados para a finalíssima do 22º Prêmio BDMG Instrumental, que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de maio no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte.
A comissão de seleção deste ano foi formada pela pianista, compositora, arranjadora e professora de música Luísa Mitre, pelo músico e professor de percussão da UFMG Fernando Rocha e pelo violonista, guitarrista, compositor e arranjador Juarez Moreira.
Leia a carta pública do júri.
O 22º Prêmio BDMG Instrumental recebeu 36 inscrições habilitadas e avaliadas, de 45 inscrições recebidas. O edital contempla quatro instrumentistas com o valor de R$ 13 mil (treze mil reais) e a realização de shows em Belo Horizonte e no programa Instrumental Sesc Brasil, em São Paulo. Além dos quatro vencedores, o projeto reconhece o melhor instrumentista e o melhor arranjo na etapa final da premiação.
Conheça os finalistas
Ana Clara Guerra – violão
Natural de Uberlândia, é violonista e compositora. Possui graduação em Música e mestrado pela Universidade Federal de Uberlândia. Seu trabalho composicional tem maior ênfase no campo da música eletroacústica, trilhas sonoras e composições instrumentais para diferentes formações. Em 2020, recebeu o Prêmio Jovem Instrumentista BDMG. Em 2021, teve uma composição para violão solo premiada no Concurso Sons da Cidade, de Belo Horizonte. Em 2022, recebeu o primeiro lugar no concurso Prêmio de Música das Minas Gerais. Faz parte da Associação Internacional de Violonistas Compositoras – AIVIC.
André Oliveira – violão 7 cordas
Músico instrumentista e compositor mineiro. Vem desenvolvendo um trabalho de criação que reflete os diversos processos musicais dos quais participou com diferentes artistas, e os estudos por ele realizados no campo da música nos seus quinze anos de carreira. Graduou-se em Educação Musical na UEMG. Em 2019, lançou o CD Oná, trabalho autoral com composições instrumentais que passeiam pela música afro-brasileira, com arranjos originais para formação instrumental de sopros, cordas e percussão. Oná é uma palavra iorubá que significa caminho, numa referência às influências africanas e sua riqueza rítmica na formação do artista. Também atuou como produtor e diretor musical de diversos artistas.
Araçá Quarteto – flautas, violão 7 cordas, cavaco e percussão
Criado em 2015, na cidade de Poços de Caldas, o Araçá Quarteto é um grupo de música instrumental brasileira com raízes no Choro, formado pelos músicos Leonardo Faria (flautas transversais), Jorge Viviani (violão 7 cordas aço), Flávio Danza (cavaco) e Leo Brasileiro (percussão). Em 2018, realizou turnê na Argentina com apresentações em Buenos Aires e La Plata; em 2019 lançou seu primeiro álbum intitulado “Araçá Quarteto”; em 2018, 2019 e 2020, participou do festival ChorandoSemParar, dividindo palco com importantes nomes da cena instrumental brasileira; em 2019 participou do Festival Música nas Montanhas, ao lado de Zé Barbeiro e Orquestra conduzida pelo maestro Jean Reis; em 2019 e 2022 participou do festival Dia de Choro dividindo palco com Roberta Valente, Gian Corrêa, Rafael Toledo, Henrique Araújo, Morgana Moreno entre outros. Atualmente, está em fase de pré-produção do seu novo álbum com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2023.
Binho Carvalho – bateria
Natural de Belo Horizonte, é baterista há 26 anos. Aos 9 anos de idade fazia participações em alguns shows do pai, o músico Jairo Brown, em diversas casas noturnas. A partir dos 16 anos começou a trabalhar com outros artistas e teve oportunidade de acompanhar artistas como Cláudio Zoli e Marcio Greyck, além de bandas regionais, programas de televisão e musicais. Acompanhou artistas nacionalmente conhecidos como Eduardo Costa, Gusttavo Lima e Matheus & Kauan. Participou de turnês em vários países levando a música mineira, como França, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra, Romênia, Paraguai, Bélgica, Canadá e Suíça. Além disso, participou de gravações de Gino & Geno, Trifase, Trio Parada Dura, César Menotti & Fabiano entre outros.
Camila Rocha – contrabaixo
Bacharel em Música Popular com habilitação em contrabaixo pela UFMG. Foi contrabaixista e bolsista da Geraes Big Band da UFMG, com a qual trabalhou com Eduardo Neves, Nivaldo Ornellas, Vittor Santos e Nelson Ayres. Em 2014, ganhou o prêmio Jovem Instrumentista BDMG e, em 2018, foi premiada como Melhor Instrumentista da 9ª edição do Prêmio BDMG Instrumental. Em 2019, ganhou, com o grupo Quarteto Dois a Dois, o concurso Novos Talentos do Jazz, do Savassi Festival. Já tocou com músicos e artistas como Chico Amaral, Juarez Moreira, Morais Moreira, Orquestra Ouro Preto e Alceu Valença, Mônica Salmaso, Toninho Horta, Ná Ozzetti, Titane, Ellen Oléria, Sérgio Pererê, Tizumba, Odair José, André Mehmari, Sérgio Santos, Eduardo Neves, Marcelo Martins, Pedro Martins, entre outros. Gravou contrabaixo em mais de 20 discos da cena autoral e independente de Belo Horizonte. Atualmente, tem desenvolvido seu projeto solo: o Camila Rocha Quinteto, além de trabalhar como contrabaixista com Thiago Amud, Luiza Brina, Então, Brilha!, Octávio Cardozzo, entre outros.
Gilson Brito – violão
Violonista, arranjador, compositor e multi-instrumentista. Possui uma carreira com importantes premiações no Brasil e exterior. Como intérprete foi laureado em 1° lugar no Concurso Nacional de Violão Souza Lima (São Paulo), 4° colocado no Festival Internacional de Violão de Weikersheim (Alemanha), 1º lugar no Prêmio Nabor Pires Camargo (São Paulo). Como compositor, foi vencedor do Prêmio BDMG Instrumental 2012 e 2º colocado no Concurso Choro Novo em Belo Horizonte. Natural de Cuiabá, estudou violão com Euclides Filho, e se aperfeiçoou com ícones do instrumento como: Álvaro Pierre, Tadashi Sasaki, Paulo Bellinati e Henrique Pinto. Participou de seminários de harmonia com o professor Ian Guest. Transita com muito êxito entre a música popular e erudita atuando como solista, bem como arranjador de importantes grupos da capital mineira. Como músico acompanhante já tocou com artistas como: Fernanda Takai, Flávio Venturini, Eduardo Dusek e Marcela Mangabeira.
Guilherme Vincens – violão
Doutor em performance musical (violão) e etnomusicologia pela University of Arizona, onde estudou com Thomas Patterson e David Russell, com bolsa do programa CAPES/Fulbright. Recebeu 12 premiações em concursos internacionais de violão, destacando o Primeiro Lugar no XI Concurso Internacional de Portland, EUA. Foi também premiado pelo “Annual Guitar International Awards”, edição 2011 da GI Magazine. Apresentou-se em importantes salas de concerto no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia, México, Chile, Espanha, Portugal, Itália e Alemanha, onde atuou também como solista a convite da orquestra sinfônica Collegium Musicum Potsdam. Participa ainda do Duo Tramanduá com o flautista Bruno Coimbra Faria, do duo com o violonista Michel Maciel, do duo com a cantora Renata Vanucci e do Grupo Instrumental Ventos. Em 2012, lançou seu disco “Portrait” que vem recebendo excelentes críticas. Recentemente, foi selecionado pelo projeto NOVAS #2 que divulga composições originais para violão solo. É professor do curso de música da Universidade Federal de São João del Rei – UFSJ.
Igara – piano
Natural de Diamantina, a musicista transita entre a cidade e Belo Horizonte. Vinda de família de musicistas locais e apresentada ao piano desde os três anos de idade, formou-se, inicialmente, pelo Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita, onde desenvolveu-se no piano erudito. Mudou-se para Belo Horizonte em 2015, quando continuou seus estudos no piano de forma autodidata. Em 2021, participou do programa Jovem Instrumentista BDMG, com aulas de piano com Rafael Martini, com quem já havia cursado algumas aulas individuais e disciplinas coletivas, pela Escola de Música da UFMG. Dá aulas particulares de piano desde 2017 e atua como musicista freelancer como acompanhante, em gravações de álbuns. Atualmente, é integrante de um trio instrumental ao lado de Lucas Godoy, na bateria, e Briki Khalil, no baixo elétrico e alaúde, performando composições e arranjos do grupo para músicas instrumentais e canções, num estilo que se aproxima ao jazz contemporâneo.
Juventino Dias – trompete
Trompetista, compositor e arte-educador com 25 anos de experiência profissional. Iniciou seus estudos de música em 1990, aos 10 anos de idade, na Associação Musical Cajuruense, na cidade de Carmo do Cajuru. Iniciou sua carreira como músico profissional em 1999, tocando em bandas de baile por todo o estado. Em 2002, transferiu-se para Belo Horizonte. É Bacharel em trompete pela UEMG. Entre 2005 e 2009, integrou a Big Band e Banda Sinfônica da ESMU/UEMG, o Grupo de Metais da ESMU/UFMG e o Quinteto de Metais da ESMU/UEMG. Em 2008, a convite do governo do Estado de Chihuahua (México), apresentou-se com o Grupo Tambolelê em 15 cidades no 4º Festival Internacional de Chihuahua. Em 2009, ganhou o prêmio de melhor instrumentista do 9º Prêmio BDMG Instrumental, acompanhando Rodrigo Torino e Frederico Heliodoro. Entre 2015, viajou para a Índia em turnê com o Projeto de samba “Saravá”, apresentando-se nas cidades de Dhaka, Goa e Kolkata no 5º Festival Sufi Sutra de Música. Participou da gravação do CD de vários cantores e instrumentistas de Minas Gerais. Músico eclético, gosta de trabalhar com várias linguagens musicais e se dedica aos estudos e pesquisa da música afromineira. Já subiu aos palcos acompanhando os renomados Nivaldo Ornellas, Maurício Tizumba, Elza Soares, Marku Ribas, Paulo Moura, Célio Balona, Maurício Carrilho, Nailor Proveta, Zé da Velha & Silvério Pontes, Toninho Horta, Sandra de Sá, Gerson King combo, Chico Amaral, Esdras “Neném”, Sérgio Pererê e Eduardo Neves. É idealizador e sócio fundador do Bloco Chama o Síndico e da Orquestra Babadan Banda de Rua. Integra também a Orquestra de Choro Já Te Digo e a Banda de funk & soul Black Machine.
Luiz Camporez – guitarra
Músico, compositor e bacharel em Música Popular pela UFMG. Profissional há quase 20 anos, trabalha em diversas áreas da profissão, desde músico acompanhante a professor, produtor musical e engenheiro de áudio. Artista conhecido pela sua versatilidade e assinatura musical forte, transita entre diversos estilos como rock, blues, jazz, flamenco e música brasileira. Em 2022, lançou seu primeiro álbum “Standart Blues”, álbum com faixas autorais. Atualmente, se dedica a seu novo trabalho solo, onde explora a mistura de suas referências harmônicas brasileiras à rítmica e linguagem da música flamenca.
Ravi Kefi – piano
Graduado em Música com habilitação em Composição pela UFMG; licenciado em Música pelo Centro Universitário Salesiano; mestre em Processos Criativos pela USP com a dissertação “Egberto Gismonti e a poética da semierudição; e doutor pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC com a tese: Artesãos da era industrial: a potência estética da música popular e o paradigma da MPB. Atuou ao lado do cantor Renato Braz, das cantoras Ceumar e Jucilene Buosi, dos violeiros Paulo Freire e Ivan Vilela, do baterista Zé Eduardo Nazário e do saxofonista Widor Santiago, dentre outros artistas de renome. Como arranjador, atuou com as orquestras sinfônicas de Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba. Atualmente é professor de Piano Popular na Faculdade de Música do Espírito Santo.
Samy Erick – guitarra
Guitarrista, violonista, pesquisador e diretor musical mineiro. Formou-se em violão na UEMG e é mestre e doutorando em performance musical pela UFMG. Em 2014, foi um dos vencedores do Prêmio BDMG Instrumental, levando dois prêmios: melhor apresentação e melhor arranjo. Em 2018, seu álbum autoral, “Rebento”, ganhou o Prêmio Marco Antônio Araújo, como melhor disco instrumental de Minas Gerais. No BH Instrumental de 2017, abriu o show de Yamandu Costa com seu show autoral, Rebento. Com o “Três Brasilis”, grupo instrumental do qual é integrante junto com a saxofonista Maria Bragança, já se apresentou em festivais na Coreia do Sul, Uganda, Alemanha e na Embaixada Brasileira em Berlim. Participou como arranjador e diretor musical de shows e álbuns de diversos artistas, como Super Pamp, Andrea Amendoeira, Sidney Grandi, Carol Serdeira e Malvina Lacerda. Atualmente está produzindo seu segundo álbum instrumental “Pangeia”.