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Ciclo de Mostras 2024 – Catálogos

Leíner Hoki, Rafael Fernandes Alves, Ambuá, Izabella Coelho, Iago Marques
BDMG Cultural
2024

Catálogos das exposições de artistas selecionados para o Ciclo de Mostras 2024.

Leíner Hoki

é nipo-caipira, nascida em Cuiabá, Mato Grosso, em 1992. Escritora, poeta-pesquisadora, arte educadora popular e artista visual formada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG, também fez mestrado em artes na mesma instituição (2020), na qual atualmente cursa doutorado. Desde 2022, trabalha como arte educadora no Consultório na Rua SUS-BH, equipamento da rede de saúde pública com expertise no atendimento à população em situação de rua. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2022, com sua pesquisa de mestrado ”Tríbades, Safistas, Sapatonas do mundo, uni-vos: investigações sobre a poética das lesbianidades”, publicada pela Editora Urutau, em 2021. Seu trabalho artístico é um híbrido entre a imagem, a escrita e a pesquisa, acontecendo na pintura, no desenho, na colagem e na fotografia.

Rafael Fernandes Alves

é desenhista e educador. Natural de Belo Horizonte, é bacharel em Artes Visuais/Desenho pela UFMG. Investiga as transformações de corpos humanos, animais e celestes, sobrepondo citações visuais de diferentes imaginários a suas narrativas pessoais. Em suas obras, utiliza sobretudo pastel seco, nanquim, guache e caneta esferográfica sobre papel. Foi premiado em 2020 pelo edital de emergência Arte como respiro, do Itaú Cultural, e como menção honrosa pelo 43º Salão de Arte Contemporânea de Franca. Em 2023, realizou sua primeira exposição individual intitulada “as coisas que ainda não sucederam”, no Centro Cultural da UFSJ. Já exibiu suas obras em mostras coletivas como FAC, 8º Salão Fundarte (Galeria Loide Schwambach), Entrecaminhos (Palácio das Artes), 16º Salão de Guarulhos,  Territorios Virales – Convocatoria Internacional de #GIF (Argentina), Arte Londrina 8, Ainda me restam os olhos (Viaduto das Artes), Segue-se ver o que quisesses (Palácio das Artes), entre outras.

Ambuá

é artista não binárie e coletor caminhante atento pelas ruas e matas, de onde há 8 anos extrai de maneira respeitosa cascas, sementes, espinhos, frutos, galhos, fibras e outras materialidades compositivas de experiências. Seu percurso atravessa a agroecologia urbana, a intervenção performática, a instalação artística, a escultura e a poesia. A força de sua investigação consiste no tensionamento e recriação da percepção de seres não humanos em articulação com os diversos contextos (sociais, políticos, culturais) com os quais ele dialoga, sempre em busca de reivindicar afetações que transponham a distância a que foi relegada a natureza na história pós-colonial, bem como repensar as relações humanas marcadas por essa organização social. O alimento e o comer, como gesto integrador e exercício de convivência, foram seu ponto de partida como artista cozinheire, marcando sem retorno seu desejo de convidar em seus trabalhos sensorialidades diversas, para além da visão.

Izabella Coelho

é artista, pesquisadora, educadora, tingideira e ativista ambiental e alimentar. Pesquisa e cria no entrelaço da arte e da ecologia, por meio de investigações no âmbito da agroecologia, das tecnologias ancestrais e dos biomateriais. Sua prática se inicia na experimentação de ciclos integrais – plantar, colher, cozinhar, tingir e curar  – na busca por outros modos de existência. Reivindica a concepção de pertencimento dos seres humanos à natureza e a experimentação da vida de maneira ritualizada. Cria objetos, vestíveis, esculturas e instalações interativas, que têm em sua composição tecidos tingidos com plantas, fibras naturais, ervas, sementes, pedras, madeiras, terra, entre outros materiais reutilizados, coletados e/ou garimpados. Convoca os corpos a estarem presentes, sensíveis e atentos, por meio de experiências multissensoriais.

Iago Marques

é artista visual e Bacharel em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2022, apresentou a individual “Intermédio da Cor” na Galeria do Centro Cultural da UFMG e na Galeria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em 2020, suas obras também foram exibidas na Galeria do Minas Tênis Clube II, em Belo Horizonte. Participou em 2020 da exposição “Movências” do 14º Festival de Verão UFMG, realizado no Centro Cultural da UFMG. Sua obra se caracteriza pela abordagem abstrata, o uso forte de cores, colagens e desenhos, entrelaçados em uma pesquisa artística que se baseia em conceitos como acumulação e caos.