REVISTA nº 9

Escolas vivas

Depoimento de Cristine Takuá sobre o projeto Escolas Vivas, uma rede de apoio a quatro centros de formação em aldeias dos povos Huni Kuin, Tukano, Maxakali e Guarani Mbya

Cristine Takuá
30 Mai 2023 16 Min
Escolas vivas
O sonho da Aldeia-Escola-Floresta. Desenho produzido na oficina realizada pelo BDMG Cultural em novembro de 2021. Participaram da oficina: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Cassiano Maxakali, Veronildo Maxakali, Nazareno Maxakali e Isaiana Maxakali.

Cultivar uma educação de crianças, jovens e adultos indígenas que respeite e dê continuidade às práticas e saberes ancestrais de suas diferentes etnias e povos é um dos principais desafios postos a lideranças, profissionais, instituições e órgãos estatais responsáveis por esse campo hoje, em todo o país. Em contraponto a uma certa atividade escolar que, há décadas, adentra as comunidades e se impõe de modo autoritário e pouco flexível, desequilibrando as formas de aprendizagem locais, as escolas vivas buscam incentivar e fortalecer a transmissão de saberes tradicionais, criando um espaço de resistência criativa e formadora.

Em Minas Gerais, a Aldeia-Escola-Floresta constitui um desses espaços, com atividades voltadas para troca de saberes, reflorestamento, recuperação de nascentes, oficinas de arte e cinema e fortalecimento do complexo musical, ritual e cosmológico conhecido como yãmĩyxop. Retomada em 2021 por mais de 100 famílias tikmũ’ũn, fica na região de Itamunheque, zona rural do município de Teófilo Otoni. 

Os Tikmũ’ũn, mais conhecidos como Maxakali, são habitantes milenares das florestas que cobriam o leste do atual estado de Minas Gerais. Durante séculos de invasões e de um processo implacável de dizimação, esses povos foram expulsos do seu território tradicional. Atualmente, vivem em algumas das menores terras indígenas demarcadas no Brasil, entre os municípios de Bertópolis, Santa Helena de Minas, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri (MG). Ao todo, suas terras demarcadas não somam 6.000 hectares. Por isso, devido à pressão territorial, de tempos em tempos, algumas famílias precisam deixar os limites das reservas em que foram confinados em busca de uma terra outra – hãmnõy, na língua Maxakali.

Nas aldeias Tikmũ’ũn, as decisões são tomadas coletivamente, ouvindo e respeitando as posições das diversas lideranças locais. Na Aldeia-Escola-Floresta não é diferente. Desde a difícil e corajosa decisão de deixar o território da reserva, em Ladainha, em plena pandemia, até a retomada do território tradicional em Itamunheque, tudo foi discutido e decidido em conjunto pelas lideranças locais, que incluem anciões respeitados pelo conhecimento das histórias e dos cantos dos yãmiyxop, assim como jovens professores e importantes articuladores locais.

No novo território, o casal de professores, artistas e cineastas Isael e Sueli Maxakali, junto às lideranças locais e alguns apoiadores, idealizaram a criação de um espaço de troca de saberes, reflorestamento, recuperação de nascentes e fortalecimento do complexo musical, ritual e cosmológico conhecido como yãmĩyxop. Esse espaço é a Aldeia-Escola-Floresta. Como o casal define: “Chamamos de Aldeia-Escola-Floresta porque toda a aldeia é uma escola para nós. O rio é uma escola, a mata é uma escola, os bichos também. Cada lugar da aldeia é escola”. 

Abaixo, reproduzimos a fala da educadora maxakali Cristine Takuá, proferida em evento realizado pelo projeto Selvagem – ciclo de estudos sobre a vida – em março de 2022. Cristine é diretora e fundadora do Instituto Maracá, professora independente na aldeia do Rio Silveira, no interior de São Paulo, e atual responsável pelo diálogo entre quatro escolas vivas, duas na floresta amazônica e duas na floresta Nhe’ery, com os povos Huni Kuin, Tukano, Guarani Mbya e Maxakali. Uma delas é justamente a Aldeia-Escola-Floresta.

Aldeia-Escola-Floresta. Desenho produzido na oficina realizada pelo BDMG Cultural em novembro de 2021. Participaram da oficina: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Cassiano Maxakali, Veronildo Maxakali, Nazareno Maxakali e Isaiana Maxakali.

Escolas vivas e circulares

Toda educação é política, e eu fico pensando no próprio conceito da palavra “escola” que a gente veio conversando esses dias. Na Grécia Antiga, fazer escola, a própria escola em si era uma relação com o prazer, com o ócio, com o encontro, com o diálogo. Então, Epicuro e outros gregos se encontravam no jardim para dialogar, pensar sobre a vida, sobre muitas coisas que regem nosso caminhar. Com o passar do tempo, a escola se tornou esse lugar de ordem, controle e obediência. E muitas regras que vieram com ela, eu chamo isso de tortura psicológica, que fica muito longe dessa liberdade do diálogo, do encontro, do caminhar, do viver e sentir conjuntamente estas possibilidades de transmitir conhecimento, e não simplesmente impor o saber. E aí, junto com isso, vem a mercantilização do processo educacional, quando se coloca aquela frase: “ser alguém na vida”. É muito comum, eu já ouvi várias pessoas, como se a busca por transmitir conhecimento tivesse a finalidade de adentrar o mercado de trabalho, e gera aquela competitividade de entrar na universidade, de adquirir um certificado para ser alguém na vida. Essa ilusão é tão estúpida e tão contraditória com o princípio da própria escola na origem, de como ela se propõe a transmitir conhecimento. Porque se a gente pensar, há séculos atrás, a educação tradicional de todos os povos na Ásia, África, Europa e em toda a América, o transmitir conhecimento estava muito desligado do pensar em adentrar o mercado de trabalho. Ser alguém na vida, todos somos. O meu avô nunca foi à escola e era muito atento, curioso, esperto nos fazeres que ele praticava. Então, criou-se essa ilusão de buscar através da letra e dos números um conhecimento superior, sendo que os saberes e fazeres brotam da nossa própria mão, que é uma flor. Essa flor nos possibilita produzir muita coisa: um cesto, um tecido, uma panela. As mãos não produzem só letras e números. E o que mais me incomodou durante o tempo em que estive na escola foi perceber que a escola se restringe a letras e números. E isso faz com que as crianças percam, não totalmente, mas que percam a memória da criatividade, da potência criativa. O fazer as coisas adormece dentro delas. Então, o próprio diálogo sobre as narrativas, o produzir desenhos, praticar outras formas, ficam adormecidos quando é obrigatório saber ler, escrever e contar números. Mas será que todo mundo veio ao mundo para saber ler e escrever? Às vezes, eu me pergunto sobre isso. Há pessoas que têm mais facilidade de tocar uma flauta do que escrever um texto, e está tudo bem. Porque o sopro da flauta comunica muitas linguagens e narrativas que as palavras jamais dariam conta de descrever. Fico pensando sobre tudo isso. 

Quando fui para a faculdade, eu sofri muito. Os professores me chamavam de eloquente. E eu demorei a entender o que é eloquência. Porque, muitas vezes, eu falava muito que a flauta comunicava mais que os textos e do quanto eu tinha dificuldade para escrever um texto. Porque os sentimentos são muito profundos, e você colocar isso no papel de forma objetiva e organizada pela regra que existe é bem complicado. Então, eu sinto isso, que nem todas as crianças vieram ao mundo para escrever um livro, e que isso deve ser respeitado. Se a educação não respeita o princípio que brota dentro de cada um, que seja tocar uma flauta, seja fazer um tecido, seja até escrever um texto, e tem pessoas que escrevem muito bem e outras que falam muito bem, e essa diversidade de saberes deveria ser respeitada, mas ela não é! E eu vivi isso intensamente durante 12 anos como educadora em uma escola, e quando eu resolvo largar esse barco violento e opressor da escola, surge essa outra oportunidade muito mais alegre, criativa e libertadora de dialogar com escolas vivas, porque, de escolas mortas, a gente sabe que o mundo está cheio. Escolas que estão dando certificados para as pessoas seguirem com depressão, seguirem se suicidando, seguirem se entupindo de remédios. Tenho muitos amigos, mestres, doutores, pós-doutores que estão se matando. Seja no vício do álcool, seja com drogas diversas ou com a própria intensidade de pensamentos, porque tem pessoas que devoram livros e acabam se entupindo de teorias que elas não conseguem praticar. Porque estão trancadas dentro dos seus quadrados, dentro da ordem, da obediência e do controle que a própria universidade coloca para os professores e para os alunos. Então, essa escola viva que a gente está propondo, que a gente está sonhando junto, para mim é uma possibilidade de realmente tecer coletivamente outra forma de você valorizar o que existe, o que é vivo dentro dos territórios. E não é essa educação escolar indígena criada/instituída pelo governo, que vem nessa escola quadrada. Mas é pensar uma escola que é circular, que é cíclica, que dialoga também com a paca, a cutia, com a chuva, com outras coisas além dos números. A gente dialoga com os invisíveis. E eu tive essa prova muito forte há tempos atrás, porque eu tive um encontro com Dua Busê, que é um dos coordenadores da Escola Viva Huni Kuin, e eu me encontrei com ele em outro plano, que não foi no plano da tecnologia, ligando pra ele. A gente conseguiu dialogar em outros planos. Então a Escola Viva te propicia isso, encontros invisíveis, encontros que talvez nem a metafísica daria conta de explicar essa grandeza das plantas, das visões, das mirações, dos sonhos. Para mim é muito forte tudo isso, ainda estou pensando, tentando entender de que forma a gente vai guiar juntos essa canoinha, em territórios muito diferentes. A realidade dos Maxakali é bem diferente da realidade dos Huni Kuin do Alto do Rio Jordão, ou dos Guarani ou dos Tukano. São realidades muito diferentes, mas potências muito profundas entre eles todos. Acredito que é um sonho conjunto que está surgindo para fortalecer muito não só esses territórios, esses quatro territórios, mas para fortalecer essa certeza que tenho dentro de mim, de que a educação brota do respeito, e não brota somente das palavras e dos números.

Saberes não humanos

[A conexão entre lugares distantes] é um tecido bem colorido, com muitas formas e muitas mensagens mas que são feitas de tecidos diversos, fibras diversas – e não somente com palavras. Estamos longe de resolver o problema da educação no Brasil, dentro das comunidades indígenas, porque acho que isso vem de uma complexidade muito grande. Digo isso como uma pessoa que ficou anos na luta pela educação escolar indígena. Venho de uma frente de tentar criar uma licenciatura para formação de professores indígenas, de criar as diretrizes curriculares para mudar o currículo. Então a educação escolar indígena tem uma militância muito grande, tem muitos parentes que estão na luta há muitos anos para efetivar uma educação que respeite de fato o diferencial, a interculturalidade, enfim, tudo, a educação que é comunitária. O nosso propósito é outro, a gente não vem querer colocar a mão nessas feridas, mas dialogar com elas de uma certa forma, e, dentro desses quatro territórios, dialogar possibilidades outras de fortalecer e de tecer juntos mesmo, possibilidades de transmitir conhecimentos para além desse espaço institucional da escola como ela é pensada hoje. Então a gente começa pequenininho, com parceiros que vêm nos apoiando, acreditando nessa outra possibilidade de, também, dialogar sobre transmissão de conhecimentos, mas eu, particularmente, tenho um pensamento muito da humildade e de pensar que é uma experiência que nós estamos tecendo juntos, não sabemos qual é a forma que esse tecido vai se dar com o tempo, mas com o tempo é que nós vamos sentindo, visualizando e aprimorando também essa iniciativa. Sabemos e temos total entendimento de tudo o que se passa nesses dois paralelos, a educação tradicional e a educação escolar indígena, que são dois caminhos bem diferentes, e o que nós estamos fazendo é criando uma ponte de diálogo no que se refere a esse modelo e esse processo de educação dentro das comunidades, que dialoga, na verdade mais com o sábio, e não só com pessoas. Eu venho falando disso há muito tempo, da importância de se pensar uma educação que também dialoga com os não humanos. Quando eu dava aula de Filosofia, eu saía a andar com as crianças e falava: a gente também precisa dialogar com as plantas, com as pedras, com os outros seres. Mas os livros não nos dão essa possibilidade; todo currículo é embasado em saberes que muitas vezes são praticados com os humanos apenas. A escola viva que eu sonho é essa educação que dialoga com outras coisas, com os seres invisíveis também, com os sonhos e com os seres não humanos. Eu parto desse pensamento, desse sonho, desse impulso de sentir e acreditar que é possível a gente se relacionar e produzir fortalecimento dentro dos territórios acreditando nisso, em outros caminhos.

O sonho da Aldeia-Escola-Floresta. Desenho produzido na oficina realizada pelo BDMG Cultural em novembro de 2021. Participaram da oficina: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Cassiano Maxakali, Veronildo Maxakali, Nazareno Maxakali e Isaiana Maxakali.

Reflorestar para repovoar

Fiquei pensando nesse nome “Saúva” [a Saúva é uma associação sem fins lucrativos que trabalha na promoção da sustentabilidade, autonomia e circularidade de projetos e empreendimentos, entre eles o Escolas Vivas]. A Saúva me dá uma imagem de várias formiguinhas juntas trabalhando, várias formiguinhas construindo alguma coisa. Acho que essa metáfora, essa ideia, já me dá uma alegria de pensar mais um agente que soma nesse grande tecido, nessa teia que estamos tecendo juntos. Então a imagem da aranha, a imagem da formiga e de todos esses sonhos juntos que o Selvagem também nos trouxe ao longo desse tempo todo, animam muito a ideia das pessoas que vão somar nessa parceria, nessas contribuições, nessa possibilidade de dar apoio ao que já está acontecendo, acho que isso é o principal desse nosso sonho, que não é um projeto que traz toda uma burocracia, como a Anna [Dantes, criadora e coordenadora do Selvagem e diretora da Editora Dantes] bem falou. Acho que apoiar essas iniciativas que já existem, cada uma tem uma realidade bem diferente, estruturar a Aldeia Escola Floresta Maxakali é de uma importância tão grande, que é reflorestar essa Nhe’ery de Minas Gerais, é dar possibilidades para que os Yamixop continuem cantando, continuem fortalecendo os territórios, para que as crianças possam visualizar todos esses seres e espíritos que existem e que estão presentes nos cantos há séculos. Uma vez que se refloresta essa aldeia sonhada, é a possibilidade de que esses seres voltem a existir na realidade. É tão profundo esse projeto, esse sonho Maxakali e todos os outros, que, quando a gente conseguiu fechar a parceria com a Saúva, me deu uma alegria muito grande, então quero agradecer muito a Kassinha [se refere a Kasia Mich, jornalista e cineasta que realiza trabalhos em parceria com diversos povos indígenas no Brasil] e todos os envolvidos nessa proposta de apoio mais estrutural, nesse processo burocrático financeiro de como administrar essa nossa ideia. E daí, com todos os outros parceiros também, a gente tá aqui no ponto de cultura Mbya Arandu Porã, a gente vem já há alguns anos tentando se fortalecer, e isso se deu muito através do apoio também do Instituto Maracá, do qual eu faço parte e o Ailton [Krenak, líder indígena, escritor, filósofo e ambientalista] também, e a gente conseguiu de alguns anos para cá ir estruturando, criando possibilidades de trabalho, e agora a gente vai poder dar uma continuidade e se fortalecer ainda mais. São muitos os sonhos que nós queremos desenvolver aqui também, no nosso espaço, enquanto proposta de oficina, de encontros, intercâmbios, de fortalecimento da memória, que é uma coisa que a gente vem falando muito, do quanto a memória é importante, uma vez que a gente vem assistindo muitos anciões e anciãs partindo, e essa memória viva que habita dentro deles se vai, uma vez que a gente não registra e não dialoga com os mais novos sobre isso. Então eu também estou muito feliz, como a Anna falou, e acreditando muito que esse nosso sonho vai ter uma potência muito grande, e aos poucos a gente vai vendo como que esse tecido vai se transformando em cada território, e não só através da troca, das experiências que eu acredito que vão acontecer muitas também. A gente tem essa ideia dos intercâmbios, que são tão poderosos também, de fazer essa circulação entre os parentes desses quatro espaços de fortalecimento, mas também de ver os territórios se fortalecendo cada vez mais. Estou muito feliz, e vamos seguindo, remando essa nave-canoinha juntos.

Semear ideias

Já estava esperando isso, que iam chover questões e pensamentos sobre “E agora, como que a gente também faz isso nas nossas escolas não indígenas ou mesmo dentro de outras escolas indígenas?”. Como eu já disse, nós não temos nenhuma pretensão, objetivo ou condições no momento de resolver o problema da educação no Brasil. Então como levar isso para escolas não indígenas ou mesmo para as indígenas é uma questão. Acho que é um grande desafio, e eu falei isso como educadora que trabalhou numa escola durante muitos anos. Eu sempre vinha dialogando, e venho ainda, com muitos educadores, do quanto é necessário transformar e mudar os currículos das escolas. Aproximar as escolas das comunidades, dos seus terreiros, das comunidades locais que estão ao redor das escolas. Então essa nossa ideia, esse sonho que nós estamos começando, é muito humildemente uma ideia de fortalecer transmissões de conhecimentos, de saberes e fazeres que já estão acontecendo em alguns territórios. Acho que, acompanhando isso, cada educador pode intuir ou captar alguma forma de possibilidade de praticar isso dentro das suas atividades diárias, das suas realidades e contextos de escola. Mas nós não estamos falando de escola no modelo de hoje, como eu falei no início, porque a escola passa por uma série de burocracias, formatos e regras das quais nós estamos justamente fugindo. Não estamos falando de uma escola como todos entendem a escola; estamos falando de valorização de transmissão de conhecimento. Então acho que podemos seguir no diálogo, e vão acontecer vários diálogos, e pensar de que forma incentivar os educadores, de um modo geral, a transformar o seu modo de trabalho no dia a dia, e não que isso seja uma regra ou uma condição obrigatória, mas eu acredito que cada educador, seja numa escola pública, escola particular, escola comunitária, tem a possibilidade de transformar os seus meios de processos de trabalho. Mas esse não é nosso objetivo; o que a gente pode fazer é semear ideias, semear sonhos, semear possibilidades de transformação. Mas o caminho cabe a cada um buscar de que forma que isso é possível, eu não tenho a resposta de que forma seria; tenho muitos sonhos, mas respostas concretas é um caminho muito desafiador, e temos muitas coisas pra pensar juntos, e pensar nessa ideia conjuntamente. Vamos tecendo, vamos tecendo esse tecido e vendo de que forma que a gente vai aproximando os mundos e fortalecendo os saberes.

Aguyjevete!

 

Texto publicado originalmente pelo Selvagem – ciclo de estudos sobre a vida – em 2022, como parte da coleção Cadernos Selvagem, e republicado pela Revista BDMG Cultural com autorização dos responsáveis. A publicação original pode ser acessada gratuitamente na íntegra através deste link. Convidamos todos a apoiar e colaborar com as Escolas Vivas através deste link.

Cristine Takuá

 

é filósofa, rezadora, parteira, educadora e artesã indígena e vive na aldeia do Rio Silveira, onde é professora independente. É diretora e fundadora do Instituto Maracá. Membro fundadora do FAPISP (Fórum de articulação dos professores indígenas do Estado de São Paulo). Coordena o projeto Escolas Vivas.

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